O que você está sentindo agora?

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Inteligência Emocional: a habilidade em receber e discernir as emoções flutuantes

QI alto, virtude e prazeres não são garantias de autorrealização, afirma a ciência. Porém, os estudiosos não entendiam por que isso acontecia. A resposta para a este problema foi encontrada através da intensa pesquisa sobre a dualidade da mente – a racional e a emocional. Os estudos foram tão profundos que descobriram inclusive que elas, juntas, moldam nosso caminho e consequentemente o nosso destino.

As culturas ocidentais prezam as habilidades analíticas medidas por testes de QI; mas a autorrealização e o bem estar são claramente também muito importantes, mesmo em sociedades tecnológicas, do que apenas o QI. É preciso, portanto, nos atentarmos à natureza e à importância de outros tipos de inteligência, além de nosso sabido QI.

Segundo o autor do livro “Inteligência Emocional”, Daniel Goleman, nossa visão sobre a inteligência humana é muito estreita e limitada e, na verdade, são as nossas emoções, sensações, sentimentos e afetos que desempenham um papel fundamental na estrutura do pensamento, na tomada de decisões e na realização individual.

Leia também o artigo “Do Tédio ao Ódio”.

“As coisas só têm sentido quando são sentidas…”

A Inteligência Emocional é a habilidade em reconhecer e discernir sobre as emoções, sensações, sentimentos e afetos que circulam em nós e nos outros. E, a partir disto, utilizar a flexibilidade e a resiliência em interpretar estas emoções e responder a elas de uma forma consciente e centrada.

Autoconsciência, controle de impulso, persistência, motivação, empatia, compaixão, escuta ativa, aceitação e destreza social são ferramentas fundamentais na evolução da Inteligência Emocional.

A descoberta de duas mentes

O que você está sentindo agora?A psicologia e a neurociência descobriram uma nova visão surpreendente sobre as “duas mentes” – a racional e a emocional. Foram delineadas as habilidades cruciais da inteligência emocional e isto mostra como elas determinam nossas realizações no campo dos relacionamentos, trabalho, saúde, etc.

O que surge atualmente é uma nova maneira de falar sobre ser inteligente. A verdadeira inteligência emocional deve englobar dois aspectos dentro da dinâmica da vida: o nosso posicionamento como indivíduo (autoconhecimento emocional) e, ao mesmo tempo, a relação com a sociedade e seus paradigmas.

Com o desenvolvimento da IE, podemos realmente mudar a humanidade. Se partimos da premissa que a humanidade é mais uma das inúmeras espécies do planeta e que somos filhos da Mãe Terra e, assim, consequentemente, precisamos nos unir, cooperar e compartilhar, vamos então desenvolver aquele que é o sentimento mais sagrado desta existência: o Amor!

O Amor é um processo de construção contínua e infinita e que deriva de todo um universo de experiências emocionais vividas em nossa primeira e segunda infância. Não nos foi ensinado na escola, e também na família (na maioria dos casos) sobre o autoconhecimento, as emoções e sentimentos, a natureza e a espiritualidade. E o que aprendemos em relação a estes temas foi por meio do que vivenciamos, como exemplo de nossos pais e a sociedade, e simplesmente começamos a imitar inconscientemente.

E muito do que ficou marcado em nossas memórias são as experiências negativas que geraram, muitas vezes, traumas emocionais, desconfortos físicos e, consequentemente, crenças limitantes.

O viés de negatividade, como a neurociência coloca, é a tendência que diante dos fatos do passado, na maioria das vezes, nós vamos buscar os eventos negativos e dolorosos. Esta negatividade emocional deriva dos nossos ancestrais primitivos, que tinham medo do escuro, medo do desconhecido, medo de se perder e buscavam sobreviver no meio da agressividade da selva e de outras tribos que competiam entre si.

Assim, surge o oposto do amor, o sentimento do medo. Este gera estagnação, acomodação, resistências e julgamentos e a razão passou a dominar completamente a emoção que, cada vez mais, foi sublimada e renegada.

A cultura do medo e negatividade, gerou frieza, indiferença, desconexão, condicionamentos, automatismos, hábitos e vícios nocivos. Leia também o artigo: “Autossabotagem e Automatismo”.

Se aprendêssemos a reconhecer nossos afetos, sentimentos e emoções, permitindo que eles circulem livremente em nosso dia a dia, poderíamos integrá-los conscientemente em nossas vidas, pois se eles aparecem é porque tem uma razão de ser. Portanto, é através do processo da autocompaixão e autocompreensão que teremos a possibilidade de criar respostas saudáveis e acolhedoras para uma constante evolução nesta sagrada existência.

Ser Humano: Razão + Emoção

A unificação da inteligência racional com a emocional (razão e emoção) deve buscar uma visão integral na escola da vida, compreendendo que há um movimento constante e impermanente e isso nos diferencia de todas as outras espécies do planeta terra.

“Nascemos SER (luz) e nos tornamos HUMANOS (amor)…”

Infelizmente, a humanidade ainda está bem aquém em relação ao aprendizado e vivência dos afetos e emoções e, assim, a conquista do amor (a arte de amar e ser amado) ainda é um caminho muito longínquo e distante.

“Para chegar a Deus, há que aprender a ser Humano…”
Luiz Guilherme Todeschi

A falta de atenção ao momento presente (ausência), da realidade da vida no aqui e agora, de conexão com o sopro, de emoções que flutuam, do corpo físico e do corpo do planeta em que vivemos, são as causas básicas de uma “desconexão” com o sentir e suas correlações.

“Medo é ausência…”

“Amor é presença…”

Só podemos realmente amar, se temos a real intenção de viver plenamente no presente, dispostos a enfrentar emoções, sensações e situações que geram incertezas, inseguranças e surpresas, mas dispostos a ter uma vida plena e autêntica.

Vamos praticar??

Aquilo que você mais busca no outro(a) ou em algo externo, comece por você!

“É dando que se recebe…”

Se é o reconhecimento do outro, reconheça-te!
Se é a compreensão do outro, compreenda-se!
Se é o perdão do outro, perdoe-se!
Se é a paz do outro, tenha paciência consigo!
Se é a compaixão do outro, tenha autocompaixão!
Se é a aceitação do outro, aceite-se!
Se é o afeto do outro, seja afetuoso consigo!
Se é o amor do outro, ame-se!

E a partir daí, ofereça o que tens ao outro!!

“O que você está sentindo agora?”

Leve e Suave- música

Lenine

“Há de ser leve
Um levar suave
Nada que entrave
Nossa vida breve
Tudo que me atreve…

A seguir de fato
O caminho exato
Da delicadeza…
De ter a certeza
De viver no afeto
Só viver no afeto…”

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