Esteja você onde estiver, existe uma casa com o seu nome.
Esta casa é o seu Corpo!
Você é o único proprietário, mas possivelmente perdeu as chaves…
As paredes desta casa são seus músculos e sua pele.
Onde existe rigidez, dores e fraquezas estão escritas a história deste sagrado lar, de seu nascimento até o momento desta leitura.
Memórias emocionais estão imersas no corpo, que por sua vez não esconde as verdades. O Corpo não mente: seu tom, postura, respiração, cor, cheiros, sensórios e expressões revelam muito do que está acontecendo além da dimensão corporal.
Corpo e Mente são um só!
O que ocorre no Corpo reflete o que está ocorrendo na Mente e vice-versa…
A Mente quando atua através de sua percepção mínima, nunca está no presente;
está sempre re-lembrando o passado ou idealizando o futuro.
Quando a Mente divaga, o Corpo fica abandonado e distante também…
Sem a devida atenção ao Presente, a vida real não acontece e o Corpo começa a “falar” através de sintomas, entre eles, a dor.
A dor é um clamor de amor por si!
Quando o corpo dói, ele sinaliza falta de atenção amorosa.
Nos primórdios surge a primeira terapia: “o toque.” No momento que o homem pré-histórico bateu o joelho, instintivamente colocou suas mãos e massageou a região.
O “con-tato” com o Corpo acontece ainda na fase intra-uterina onde o bebê vai explorando seu crescimento corporal e adquirindo percepção através de seu movimento no espaço (útero). Ao nascer, o bebê está muito receptivo ao “toque”, e recebe as primeiras impressões sobre o amor ao sentir o colo da mãe, seu calor, o leite quentinho.
Segurança, carinho, paz, prazer são sensações bem presentes nesta fase.
As coisas só tem sentido quando são sentidas!
O toque desperta o sensorial, o contato com o presente e a possibilidade de percepções infinitas sobre a vida.
Estudos científicos com animais que foram retirados da mãe logo ao nascer e não foram tocados e lambidos por ela, mostram que os mesmos apresentam sérios problemas neuronais, comportamentais e até muitos vieram a falecer.
O toque é vida!
O que te toca, te toca!
O que não te toca, não te toca!
A dor e o prazer fazem parte do fluxo do viver e são sensações vitais profundas. Quando se bloqueia a dor paraliza-se também o prazer.
A questão primordial é: o quanto a Mente se apega a dor e não se permite viver o prazer ou vice-versa?
Seu estado de saúde depende de como você se relaciona com a natureza do seu corpo, do quanto você a respeita, do quanto você está atento (a) a ela.
Atualmente algumas terapias modernas visam o “toque curador”e também possibilitam o aprendizado de “escutar o corpo”. O “con-tato” é uma das grandes chaves para entrar na sua “casa”, VOCÊ!
A parede desta casa tem por volta de 2m² de pele. Quantas possibilidades a serem exploradas e sentidas!
Permitir-se receber a graça do “toque” é uma dádiva, assim como, oferecer o toque e perceber o que desperta no outro, também.
O “tocar” pode falar mais que mil palavras. Experimente!
Você já “con-tatou” alguém hoje?
Maurício Bastos há 22 anos atua como terapeuta. Desenvolveu seu método particular de atendimento individual chamado Terapia do Ser, cujo propósito é o desenvolvimento da compreensão e aceitação real da verdadeira identidade. Este trabalho tem seu fundamento na Psicologia Budista.
Desenvolve práticas intensivas de “Meditação, Respiração e Consciência” em formato de workshops e cursos no Espaço Integração, como também em escolas de Yoga empresas e espaços afins. Criador e coordenador do Espaço Integração, atende em seu consultório na Granja Viana e em Pinheiros (São Paulo).
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