Quando ouvimos música, o corpo sente a vibração, é aí que entra o poder das frequências sonoras
Que a música possui poder de entretenimento, relaxamento, conexão e bem estar como também de cura não há dúvida. Há diversos estudos que comprovam o tradicional ditado popular: “Quem canta seus males espanta…”, mostrando o poder da música para dissolver o stress, a tristeza, angústia e depressão.
O som (vibração) é um elemento formador de realidades e climas. Com a tecnologia à mão temos uma possibilidade tremenda de usar a música a nosso favor. Podemos alterar humores, organizar a rotina, liberar emoções, purificar ambientes, inspirar a arte, praticar um esporte, harmonizar um espaço, elevar vibrações, celebrar eventos, namorar, relaxar, meditar, etc. Enfim, o som tem o poder de realizar transformações em vários níveis, do sutil ao denso, utilizando as vibrações sonoras como ferramenta de cura.
A ciência começa a constatar o que as antigas tradições já sabiam…
É chegada a hora de trazer novamente à luz a estes saberes profundos para serem redescobertos com a possibilidade tremenda de ampliação de percepção e autoconhecimento.
A música é para o cérebro tão importante quanto é o oxigênio para os pulmões. É algo regenerador, que pode mudar o humor em poucos minutos, sem efeitos colaterais. É uma linguagem universal e através dela podemos nos expressar e comunicar com todo o planeta.
A Grécia antiga foi o grande berço criativo e que deu a base para todo o sistema de modos e escalas utilizado na música Ocidental. Além disso, os gregos antigos utilizavam a música como cura dos males, consideravam-na uma espécie de Psicoterapia que afetava o corpo por intermédio da alma. Para Aristóteles, a música poderia suscitar fortes emoções e, assim, levar a um estado de libertação. Porém, foi Pitágoras que desenvolveu o conceito de cura pelos intervalos e ritmos da melodia e denominava de ‘Purificação’ a terapia pela música.
A Música Clássica surge com um imenso poder de harmonizar e acalmar as pessoas (inclusive crianças e bebês) e os ambientes. Seu estudo é uma grande base para o aprofundamento no universo musical e ampliação de percepções de caminhos e estilos musicais.
Os povos das matas (indígenas), através de seus curandeiros e xamãs, têm seus rituais de cura e sacralizações (músicas xamânicas) sempre acompanhados com músicas percussivas e cantos sagrados.
A cultura milenar do Oriente celebra a relação com o Divino através da música, com instrumentos diferenciados, melodias, ritmos, escalas musicais que alteram os sentidos.
Já na Segunda Guerra Mundial, a utilização da música ao vivo superou a meta inicial, que era oferecer diversão aos feridos e promoveu a redução dos casos de depressão e stress, maior socialização entre os pacientes, elevação da moral, aumento da expressão emocional e maior contato com a realidade.
Os estilos musicais, cada vez mais, vão se ampliando no decorrer da história em função dos momentos vigentes específicos
O Blues vem expressar um período de muita dor e sofrimento dos escravos americanos e suas famílias e relacionamentos sociais.
O Reggae, oriundo da Jamaica, simboliza a crítica social envolvendo questões sobre liberdade, desigualdade, preconceito, pobreza e conexão com Deus.
O Jazz/Rock são estilos musicais com possibilidades de celebrar e cultivar a vida, com o advento de instrumentos elétricos como a guitarra, contrabaixo, teclados, pedais de efeitos sonoros e afins.
Já o Coral, Gospel e o Soul, buscam a conexão com a espiritualidade através de cânticos profundos e em grupo.
A World Music desenvolvida no fim dos anos 80 vem integrar um estilo musical que se aplica as músicas cantadas no país de origem oriundas de todos os continentes, reverenciando a cultura de cada povo e gerando uma fusão de ritmos e melodias.
Dance Music, House, Acid, Techno, Trance são estilos musicais mais modernos gerados através de recursos digitais e tecnológicos com base em sintetizadores, gravadores digitais, programas de computador, com o intuito de celebrar a alegria e dançar intensamente através de festas específicas, raves e eventos de longa duração.
No Brasil a música é umas das expressões mais importantes de nossa cultura. Formou-se a partir da fusão de elementos indígenas, europeus, africanos, trazidos pelos colonizadores portugueses e os escravos.
Em nosso país temos uma variedade imensa de estilos e ritmos dependendo da região, clima e cultura do povo que ali habita. Desde gêneros de origem folclórica como o Baião, Forró, Xaxado, Sertanejo, até estilos que se tornaram marcas registradas do Brasil no exterior como o Samba, MPB e a Bossa Nova. Cada um desses estilos tem suas características próprias e evocam emoções e sensações singulares.
A música e as emoções
O fato de nós sermos seres emocionais nos torna altamente suscetíveis, em nosso cotidiano, aos efeitos de influências vibratórias tanto positivas quanto negativas, embora nem sempre estejamos conscientes disso.
Os ruídos sonoros (poluição) podem ser altamente nocivos para a mente emocional, gerando stress, insônia, irritação, negativismo e afins. As vibrações sonoras atingem especialmente o corpo sutil através dos chakras, ou seja, os centros de atividade para recepção, assimilação e transmissão de energias vitais de que somos possuidores.
Já a música quando bem trabalhada é vibração transcendente e pode estimular o “Ser que nos habita”, despertando para sensações profundas de conexão e sentimentos intensos, permitindo vibrarmos em sintonia com nosso “Eu Superior”. Quando a música chega aos nossos ouvidos, sintonizamos com vibrações sutis que estão no universo e podemos ampliar a percepção e o despertar para o autoconhecimento e evolução.
Como a música pode ajudar na cura?
Quando ouvimos música, o corpo sente a vibração, é aí que entra o poder das frequências sonoras. Ela evoca emoções, sensações e sentimentos que são ativados em partes e áreas de nosso cérebro, por exemplo: córtex, amígdala, cerebelo, hipocampo e etc. Essas áreas são ativadas positivamente ao serem trabalhadas com a música e despertam muito benefícios para quem as recebe.
A terapia musical ou Musicoterapia estuda como utilizar as vibrações sonoras e quais os benefícios da música vindos dela. Essa prática normalmente é feita com a execução de uma música e trecho musical ou através de instrumentos específicos, por meio do qual o paciente vai acompanhando e participando ativamente da experiência.
Os benefícios são comprovados pelos inúmeros estudos científicos e vistos no processo da terapia, trazendo um melhor desempenho nas sensações corporais e na capacidade em expressar emoções e sentimentos reprimidos.
Nas crianças, a Musicoterapia pode ser utilizada em qualquer faixa etária, auxiliando no desenvolvimento cognitivo, pois ativa diversas áreas cerebrais, melhora a concentração, reduz a ansiedade e é uma possibilidade de expressão criativa.
A presença da música está ligada às fases arquetípicas de nossa biografia: a infância, a juventude, ao primeiro amor, ao casamento, ao nascimento de um filho(a), a momentos de luto e perdas, etc. Todas compõem a memória emocional de uma pessoa e no momento que inserimos novamente a música no contexto presente, as mesmas podem despertar emoções cruciais que estavam estagnadas, contribuindo para a melhora de certas condições de saúde física, mental e emocional.
A música e a espiritualidade
Sob o ponto de vista espiritual, as músicas estão muito presentes em templos, igrejas, monastérios, retiros. Por exemplo, os mantras que são cantados há mais de 5 mil anos, são repetições longas dos nomes sagrados que têm o poder de despertar a conexão espiritual, purificar o corpo, expandir os sentimentos nobres e aquietar a mente. No contexto ocidental os mantras se transformam em kirtans com melodias e harmonias nos arranjos.
A música pode ser usada no auxílio da saúde de duas formas: preventiva ou terapêutica.
Na primeira situação, ela é aplicada em atividades recreativas, celebrativas e prazerosas com crianças, jovens, adultos e idosos saudáveis.
No segundo caso, em que há níveis mais intensos e focados em cura, pode colaborar a minimizar os sintomas de Parkinson e Alzheimer, ajudar portadores de deficiência mental, estimular a recuperação de problemas motores, auxiliar a vivacidade em pacientes com câncer, melhorar o humor nos casos de depressão e stress crônico.
As vibrações sonoras estimulam a mente porque atingem ao mesmo tempo o hemisfério direito, ligado à criatividade e o esquerdo, do raciocínio. Tem um impacto direto e mensurável no estado mental, resposta biológica ao stress, sensação de dor, ação cardíaca, pressão sanguínea, níveis de hormônio, produção de morfinas, adrenalina e atividade elétrica cerebral.
A descoberta pela Ciência da frequência binaural que ao ser estimulada no cérebro pode incentivar funções imunológicas, facilitar o relaxamento e o sono, melhorar o humor e contribuir para aliviar o stress é um grande exemplo disso.
Apesar da quantidade crescente de estudos que comprovam os benefícios da musicoterapia, precisamos encarar cada caso como único. É preciso conhecer a história musical da pessoa: se ela cooperar, certamente, a música lhe fará muito bem.
É óbvio que nunca haverá uma pílula musical contra todas as doenças. O que te toca, te toca… o que não te toca, não te toca…
Que tal adicionar à sua rotina o hábito da escuta musical? E quem sabe o canto, a dança e o tocar instrumentos? São ótimas ferramentas de entretenimento, relaxamento e que pode gerar muitas curas….
Descubra algumas melodias interessantes acessando as playlists abaixo, ambas criadas pelo terapeuta Maurício Bastos.
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