O “chamado” para a transformação

O “chamado” para a transformação

O “chamado” para a transformação 

Este é o momento para a mudança e para revermos alguns aspectos essenciais em nossas vidas

Estamos vivendo tempos épicos neste 2020, não é mesmo? Parece até que fomos induzidos indiretamente a isso, para que tivéssemos a chance de ampliarmos a consciência “do que é esta vida”, “quem somos” e “o que queremos essencialmente” nesta existência.

De repente, a constatação da fragilidade e vulnerabilidade humana onde todos se percebem com suas vidas ameaçadas por um vírus totalmente desconhecido que prenuncia a interrupção da jornada física. A partir daí, a possibilidade de um despertar para um fundamental cuidado que é o valor à vida humana e a prática fundamental da saúde neste instante, através da experiência do isolamento e distanciamento social.

Diante do isolamento imposto pelo Covid-19, podemos até concluir que somos peças importantes na “roda da vida” e sentimos vibrar em nós a vontade de reavaliar nossa jornada vivida até aqui e o que faremos deste momento presente em diante.

É inevitável “o olhar” para as questões de nossas vidas que não estão sendo satisfatórias como: relacionamentos fantasiosos, projetos idealísticos, rotina desorganizada, entre outros pontos. E naturalmente, começamos a perceber apegos, medos, crenças limitantes e ilusões. Nunca foi tão falado e cada vez mais vivida as frases meditativas: “só temos este momento; só sei do agora; amanhã não existe; aproveitemos o presente; é o que é……”

Com a chegada inesperada da pandemia nos assustando, paramos e refletimos sobre o momento presente do viver. E, forçadamente limitados pelas paredes do lar, temos uma excelente oportunidade para voltarmos a atenção para a intimidade na relação conosco e nas relações afetivas. Nem castigo, nem aviso ou ameaça. Consequência natural da aplicação das leis da causa e efeito, do progresso e outras afins.

Para quem se interessa mais em assuntos ligados a espiritualidade e autoconhecimento, podemos concordar que a vida não teria sentido se não houvesse a conexão com uma inteligência transpessoal e transcendente. Afinal, qual o sentido ou importância teria em vivermos 30, 60, 70, 90 ou mais anos, lutar por conquistar recursos intelectuais, financeiros e sociais, para depois morrermos e acabar tudo?

Espiritualidade que transforma

O “chamado” para a transformação A Espiritualidade é um grande caminho de ampliação de percepção da existência e a consequente transformação nos modos de ver, sentir, pensar e agir – de cada um – diante dos desafios, angústias, medos e ansiedades que o mundo passa.

Pela lógica da razão, muitos chegam à conclusão de que quem fez tantas coisas belas, úteis, profundas, de inigualável valor, por que deixaria, por simples capricho, um vírus destruir tudo?

A fé de que falamos não é aquela que simplesmente me diz que vou ser salvo, mas aquela que me mostra que “se tudo tem uma razão de ser, se eu tiver que ser útil à vida, aos que dependem de mim, por ora serei poupado (a)”.

A Espiritualidade é o combustível que nos faz mover dentro desta crise de saúde – que por consequência, torna-se social, econômica, ecológica, humana e também espiritual.

A vivência espiritual de cada indivíduo é um grande diferencial para encarar este momento e a forma como nos relacionamos podem nos ajudar ou mesmo atrapalhar, dependendo do ponto de vista de cada um sobre esta enfermidade pandêmica.

“A palavra ‘Fé’ no latim vem de ‘Fidelis’, ou seja, fidelidade.
Ser fiel a sua verdade, ser fiel ao seu propósito, ser fiel a você!”

O caminho da fidelidade (fé) se faz ao se apropriar inteiramente daquilo que é verdadeiro em você! Assumir suas verdades é se permitir “trans-forma-amar”. Mudar sua forma de amar, de pensar, sentir, agir. E transformação demanda coragem! A transformação decorre da soltura do “velho” e da permissão para o “novo”.

Quem é você hoje?

Você acredita que continua sendo o mesmo (a) de ontem ou de 10, 20 anos atrás?

As transformações já não estão acontecendo organicamente?

Seus valores, propósitos, sonhos não estão mudando?

O quanto você realmente se conhece?

O apego ao conhecido, seguro, confortável é um grande impedimento para que a transformação aconteça, assim como o medo do novo, do desconhecido e incerto nos limita a este movimento de mudança essencial.

“Um importante caminho é desenvolver a confiança no mistério da vida, na vida como ela é….”

Veja também o artigo sobre o desenvolvimento da confiança.

Silêncio e Meditação

A visão budista Zazen, por exemplo, diz que não devemos nos assustar com essa fase em que estamos passando, já que o que aflora dentro da consciência é o que cada um tem a evoluir, sabendo que tudo é ilusão, que não devemos nos apegar.

Na prática da meditação é que devemos expressar a nossa natureza original de desapego. A meditação nos ensina a olhar para dentro, esvaziar a mente e nos emergir sabendo que tudo é impermanente, e que tudo muda o tempo todo.

Devemos “viver o aqui e agora”, ou seja, o que surge a cada instante num eterno presente e que se esvai a cada momento: concentrar em nós mesmos é um remédio que será digerido e transmutado com grande efeito. Tudo pode ser transcendido e superado porque todas as coisas são ilusórias.

O mundo fenomenal tem aparência de ilusão, mas tudo passa e muda constantemente (impermanência). Assim, as ilusões devem ser transcendidas para encontrar o vazio do “Ser”. O saber “abrir mão” do Ter para Ser é o treinamento zen.

Se você quiser saber mais sobre os 3 principais conceitos meditativos para seguir durante a pandemia, acesse nosso artigo + vídeo, onde Maurício Bastos e a atriz Tania Khalill apresentam dicas práticas meditativas que vão ajudar bastante nessa fase.

Desilusão

Sem dúvida, as ‘des-ilusões’ têm sido dolorosas e desconfortáveis, mas ‘sair das ilusões’ já um grande caminho para se transformar. A coragem de agir, fiel a si, será o grande diferencial da mudança neste momento.

Observe em que áreas da sua vida você está resistindo em mudar, a entrar em contato, a ter clareza. A percepção é o primeiro passo. Vamos despertar e transformar?

“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.”

Albert Einsten

Fontes:
https://mauriciobastos.art.br/o-chamado-para-a-transformacao/

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