É possível olhar para as memórias passadas sem sentir mágoa, culpa, raiva ou aversão?
Em nossa biografia muitas memórias ficam armazenadas e, entre elas, a culpa, mágoa e raiva podem estar presentes ainda no ‘agora’. Estas memórias nos impedem de viver a vida em sua potencialidade e de ‘desfrutar o presente’.
Sabemos que tudo passa, porém, mesmo assim, não conseguimos perdoar. Lembre-se que tudo é impermanente, incluindo nossas emoções: tristeza, alegria, medo, dor, prazer, raiva…
As emoções são energias em movimento. Quando nos apegamos a alguma emoção específica, ela nos paralisa e nos impede o ‘fluir’, ou seja, ficamos ressentidos. A palavra ‘ressentir’ significa, literalmente, ‘sentir de novo’, ou seja, revisitar a emoção e apegar-se a ela, sem deixá-la passar.
Por isso, perdoar é necessário, encerrar uma história, virar a página, fechar um ciclo. Isso traz a paz de volta, ajuda a resgatar a tranquilidade e deixa seguir em frente com qualidade.
Ter ressentimentos não vai mudar o passado, isto é fato. O que está feito, está feito. Mas podemos reinterpretar e ressignificar o que aconteceu, por exemplo, o ex-marido não vai voltar só porque você está sofrendo e se sentindo culpada. Neste caso, precisamos dar uma nova interpretação à essa história.
É importante, e fundamental, aprendermos nessa escola da vida sobre nossos atos e posturas para não ‘repetirmos de ano’ em outra oportunidade. Assim, vamos integrando e aceitando o que aconteceu, o passado torna-se história e o presente, a grande chance de recebê-lo com disponibilidade e entrega.
A prática do perdão vem associada à aceitação e ao não-julgamento daquilo que foi. O primeiro perdão a se praticar é aquele que precisamos conceder a nós mesmos. Perdoar-se não é tarefa fácil. Nunca foi. E somente nós podemos fazer isso, ou seja, desenvolver a prática do autoperdão pelo que vivemos, expressamos e as consequências disso em nossa vida.
Quero dizer que o ato de perdoar não tem relação com o outro, mas, sim, com você! A raiva, a mágoa que o outro sente diz respeito ao outro e como ele interpreta o que aconteceu. O que importa é ‘como você se sente em relação a você mesmo’, a sua raiva, arrependimento e mágoa. A partir daí, se possível, criar uma nova possibilidade de revisitar a relação com o outro e com o que aconteceu.
O mundo é realmente um espelho do que somos e do que sentimos. Ou seja, se você não está bem, o mundo não está bem. Se você está em paz, o mundo está em paz. Tudo é percepção!
Você é 100% responsável por sua realidade!
Se você não quer ódio, não quer ressentimentos, não quer doença nem desequilíbrio, não alimente estes sentimentos. Perdoe, pois, somente o perdão nos libera do sofrimento e da memória de dor que nos prende ao outro.
Perdoar não significa esquecer, mas, deixar de se importar, mudar o foco dos seus pensamentos e ações. Não deixar que as memórias erradas voltem a te incomodar, saber ‘limpar’ esses sentimentos de rancor e raiva para que você não sofra mais. Deixar ‘expirar’ aquilo que precisa sair e ‘inspirar’ o que desejas receber.
Lembre-se, se você apenas tentar ‘esquecer’ essa raiva, dor, mágoa ou tristeza, estará somente reprimindo as emoções. A ferida emocional continuará intacta, armazenada no inconsciente, gerando consequências no corpo, na mente e nas ações.
Só o amor compassivo pode te ajudar a perdoar, não depende de arrependimento ou expiação. Se você se reconhece como parte da ‘Criação Divina’, de algo muito maior do que o seu próprio mundo (maior até do que o seu sofrimento), naturalmente será desenvolvida a autocompaixão e, então, você poderá capaz de se perdoar e perdoar o outro também
Se você é parte do ‘Todo’, então você vibra amor, se estiver vibrando raiva ou ressentimento, por exemplo, está na sintonia errada, vai acabar propagando emoções negativas. Tudo é frequência! E ela precisa ser ajustada. Assim como uma estação de rádio, se estiver fora da estação, não conseguirá ouvir a rádio, somente chiados. A energia quântica está disponível para todos.
A prática da auto-observação é a chave para perceber que frequência você está vibrando. Observe como muitas vezes o ressentimento é convincente? Ele te faz acreditar que aquele sentimento tem que ser revivido e a culpa torna-se uma desculpa para não transformá-lo em algo bom. Mas, na verdade, é apenas uma referência de memória tóxica que sua mente conhece muito bem e, por isso, fica te enviando arquivos antigos, ultrapassados, que você acaba se identificando e sofrendo.
Quando isso acontecer, experimente voltar inteiramente ao presente e largar o passado. Por exemplo, procure focar na sua respiração: inspirar bem amplo e soltar, bem amplo, por umas 5 vezes, várias vezes ao dia. Esta simples prática te conecta aqui e agora e dissolve emoções estagnadas. Você não controla suas emoções, mas pode controlar a interpretação que faz dela e ação decorrente desta emoção. Seja criativo e não reativo!
Trabalhar o corpo físico é um caminho interessante, pois a maioria de nossas memórias fica guardadas nele, portanto atividades físicas (aeróbicas), atividades artísticas (expressão) e atividades espirituais (meditação, yoga) são muito importantes para mudar a frequência.
Experimente também a prática do ‘nadismo’, ou seja, não fazer nada e simplesmente relaxar, e permitir-se aproximar do vazio (onde tudo é…)
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Fique bem!
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