Claro que não, apenas uma nova realidade (mudanças) está sendo formada diante de nossos olhos (percepção).
Tudo que é novo e traz mudança implica em desafios de transformação e transcendência interna.
Teremos que aprender a mudar o mundo sim, mas com um ‘novo olhar’, pela percepção do ‘planeta’ que começa dentro de nós.
Quem eu sou? O que sinto?
O ‘isolamento social’, no qual prefiro chamar de ‘retiro domiciliar’, que todos nós estamos passando, tem diversas mensagens a nos transmitir.
O afastamento social significa momentos que temos com nós mesmos, é um convite para olharmos com atenção ao “por que estamos aqui?”.
Sopro = espiritualidade reinando!
Os problemas respiratórios, causados pelo vírus, nada mais são do que sinais para observarmos o nosso interior, nossa respiração, nossas emoções, nosso sopro…
Já o uso da máscara – obrigatório ao sair para as ruas, mas sem necessidade de uso dentro de nossos lares – pode ter outro significado. Nesse caso, podemos interpretar sob duas óticas: quem sou eu, sem ela? Quem sou eu, com ela?
Na simbologia dos significados intrínsecos, a máscara pode suscitar alguns questionamentos: Qual a minha verdadeira identidade, o meu verdadeiro EU?
O quanto na minha vida, uso máscaras? E para quê?
O não poder contatar e tocar, nos remete a algumas reflexões importantes sobre: “O que sente e quem te toca? O que te dá sentido à vida?”
Vamos vibrar a consciência para ela se expandir!
É preciso parar de ir somente na direção da razão e projeções futuras e encontrar o caminho do sentir e viver o presente: “As coisas só têm sentido quando são sentidas”.
Não há necessidade de entender e concluir tudo o que acontece com a gente, afinal, não existem respostas prontas para todas as indagações. Despertar para a sabedoria da incerteza é um caminho sábio do despertar da consciência.
Desenvolver o espaço interno de observador desapegado, sem julgamentos, expectativas e projeções são ‘portais’ para o início da transformação.
É preciso trazer a consciência da verdade, e a verdade precisa ser sentida e vivenciada: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Trazer o observador com a atenção de dentro para fora, ou seja, o que vivo dentro, repercute fora.
A auto-observação como um amplo processo de cura e compreensão será o diferencial do processo.
Vibração do sopro
A incerteza, insegurança e impermanência são as energias desafiadoras para este momento presente. O meu convite é que você abra espaço nesse ‘sopro’, na confiança da vida como ela é e tenha uma visão positiva dos fenômenos desafiadores e desconfortáveis.
Ao mudar a sua frequência (pensamentos, palavras, sentimentos) e o seu comportamento, a qualidade de vida, bem-estar e autorrealização será cada vez mais presente e abundante.
Durante esse retiro domiciliar, é muito importante trazer a atenção para o nosso corpo e, principalmente, o músculo diafragma (onde estão as emoções armazenadas) para que as energias circulem.
O sopro tem essa função: mover energia, aceitar o que é, mas fazer circular.
As duas emoções que regem nossas vidas
Há duas emoções que nos guiam em sua essência: o medo e o amor. Estes sentimentos nos acompanham desde a gestação (na barriga da mãe) até nascimento (mudanças) e, depois, por toda a vida.
“O amor é presença, o medo, a ausência”
Quando presentes, estamos atentos, conscientes, com discernimento, clareza e enfrentamos as adversidades com coragem e determinação.
Quando ausentes, temos preguiça, acomodação, reatividades e medo de mudar.
Vinte e quatro horas por dia temos a possibilidade de escolher se estamos no caminho do medo ou no caminho do amor. O que preferes?
Tudo é energia, tudo é quântico!
O coronavírus afeta principalmente a área respiratória (relacionamentos), o nosso sistema rítmico, ou seja, o ‘como’ agimos nas nossas relações no dia a dia.
Essa é uma ótima oportunidade para observarmos qual a qualidade que estamos cocriando esta realidade que habitamos e o quanto estamos separados e desconectados da natureza (Mãe Terra)
A nível da psicossomática, na área do tórax, concentram-se o coração (coragem. amor) e pulmões (alegria), sentimentos profundos e determinantes para uma vida boa e saudável.
Cocriar é entregar-se à essência daquilo que você deseja criar enquanto permanece aberto aos potenciais, o máximo que puder. Nesse ponto de abertura de consciência (momento presente), é necessário vibrar ou sentir a mais elevada expressão de vida e continuar a expandir continuamente, pois somos um campo de infinitas possibilidades!
Isso quer dizer que devemos despertar para um olhar mais amoroso e compassivo na relação própria (autoinvestigação e compaixão), além de praticar o ‘autocuidado e a autoexpressão’ (qual a voz interna que você escuta diariamente?) e assim também nas relações interpessoais.
Questões existenciais são primordiais:
- Quem estou/sou?
- Qual o meu propósito?
- Como posso ajudar o planeta e as pessoas?
“A verdade é que precisamos de mais tempo para não voltarmos ao mesmo padrão mental que estávamos antes da pandemia.”
Nova era
Antes de uma revolução externa, é necessário que ocorra a revolução interna (a que traz sentido às nossas vidas). Esse é, portanto, o momento de transcendência para que possamos transmutar alguns valores.
Sim, uma nova era e temos um prazo de validade. E este é o momento de revisitar e entender o verdadeiro significado do que é valor e do que é sagrado.
“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo”, Oráculo de Delfos
Boa prática!
Por Maurício Bastos
Leave a Reply